Ao ser acometido com coronavírus, sua esposa e outros 30 membros da igreja que lidera, pastor Mark Palenske, dos EUA, fez um alerta sobre o perigo do vírus
O pastor Mark Palenske, que foi infectado pelo coronavírus junto com sua esposa, Dena Palenske e outros 30 membros da igreja que lidera, emitiu um alerta para que as pessoas não subestimem a periculosidade do vírus. E se comportem com “sabedoria e restrição”.
“Havia muito pouco em meu treinamento para o ministério que abordasse toda a dificuldade com o que nossa família da igreja lidou nas últimas semanas”, disse o pastor, que dirige a Igreja Assembleia de Deus em Greers Ferry, no condado de Cleburne, Arkansas (EUA).
Seu comunicado, publicado no Facebook, fez um apelo: “A intensidade desse vírus foi subestimada por muitos, e continuo pedindo que cada um de vocês leve isso muito a sério. Um ato de sabedoria e restrição de sua parte pode ser a bênção que preserva a saúde de outra pessoa”, enfatizou.
Casos
Segundo o portal The Arkansas Democrata Gazette, ao menos 34 pessoas da igreja testaram positivo para o covid-19. E vários outros ainda aguardam resultados. Todos participaram de um evento infantil realizado na igreja no início do mês, que está sendo considerado o ponto de contaminação na congregação.
“Daqueles que deram positivo para o vírus, 31 estão na equipe da igreja ou são membros. Os outros são dois evangelistas que lideraram o evento infantil e uma criança que estava visitando”, disse Donald Shipp, diácono da igreja.
Até nesta sexta (27), Arkansas tinha 218 casos confirmados do novo coronavírus. O estado também confirmou que um homem de 91 anos infectado com a doença se tornou a primeira vítima fatal.
Vírus contagioso
O pastor Mark disse que o vírus é “altamente contagioso”. Sua esposa ficou tão doente que precisou ser hospitalizada junto com vários outros membros de sua igreja.
“Não podemos identificar de onde o vírus veio. Mesmo sendo os pontos positivos originais, há pessoas que estão doentes há mais tempo do que nós. Passou por um fim de semana especial do ministério infantil em nossa igreja. Mesmo antes do retorno dos resultados positivos, já tínhamos seguido orientação médica e cancelado cultos. Estávamos convencidos de que, fosse o COVID-19”, disse.
O pastor compartilhou suas preocupações mais a fundo. “Este vírus é altamente contagioso e não faz acepção de pessoas. A vítima é escolhida aleatoriamente. Por isso é melhor permanecer muito vigilante nos protocolos de higiene da melhor maneira possível. Eu pediria que você passasse algum tempo em oração por nossa equipe médica. Eles estão se esforçando ao máximo e somos gratos à sua dedicação e serviço compassivo”, alertou.
Sintomas e recuperação
Ele e os membros da igreja tiveram acesso aos testes para o coronavírus através de um médico, que também frequenta a igreja. Os sintomas que todos sentiram foram os mesmos.
“Nossos sintomas começaram com uma dor de cabeça seguida de intensas dores no corpo e letargia. Tivemos que lidar com ondas de calafrios, sudorese e náusea. Dena teve uma manhã muito assustadora, alguns dias atrás, que incluiu uma convulsão e exigiu hospitalização. Ela está muito melhor e nós dois estamos de volta à nossa casa”.
Ele observou ainda que uma das principais coisas que levaram em conta na recuperação deles foi manter-se hidratado. “Parece tão simples, mas é preciso muito foco ao lidar com os sintomas acima. O tylenol tem sido um grande amigo durante tudo isso e os médicos desaconselharam o ibuprofeno ou o Motrin”, acrescentou o pastor.
Isolamento social
O isolamento social, segundo o pastor, é uma ferramenta essencial. “Eu adoraria que você levasse essa ameaça médica mais a sério. Talvez você tenha assumido que isso não poderia acontecer com você, como eu fiz. Siga as instruções sociais que você está recebendo local e nacionalmente. Devemos manter a população afetada no menor número possível. Nosso ato singular de independência obstinada pode ter efeitos de longo alcance na vida de outra pessoa ”, disse.
O número oficial de infectados pelo novo coronavírus nos EUA superou 54 mil casos confirmados, com mais de 700 mortes. “O respeito e a compaixão pelas pessoas ao nosso redor devem dominar nossa autodisciplina”, finalizou.
*Com informações de portal The Arkansas